09 agosto 2008

Eu tenho ânsia de viver. Intensa, pornográfica, angelical e doce. Sempre busco olhar além. Os olhos gozam e fazem amor com o mundo, por isso tenho procurado sentir e viver com todos os olhos do corpo. Eu danço com palavras e música. Eu passeio pela história. Canto e danço os mais variados cantos. Acredito em causas justas, sou uma otimista ingênua, concordo com Cazuza que o tempo não para e que tudo faz parte do meu show, sei que Freud estava certo, lá no fundo, quando escreveu, que todos nós buscamos reconhecimento e satisfação amorosa. Acredito que a dor é inevitável e o sofrimento é opcional, como escreveu Drummond. É por isso que algumas feridas são tão profundas que nos acompanham para sempre. Portanto não podemos desperdiçar uma vida inteira só porque ela foi um pouco maltratada. Não acredito em acaso. Tenho pavor de tudo que demora a acontecer. Existem duas de mim, a louca e a santa, uma é anjo bom à outra cortesã. Minha alma é antiga, mas meu corpo é jovem. Sou noturna, doce e verão. Sou contra escolhas do tipo "ou isso ou aquilo", assumo que posso ser "isso e aquilo", cansei de ser singular. A vida eu brindo com cerveja, música e literatura. Eu sou grata pelo amor, pelos amigos, pelas surpresas... É isso. Eu sou plural.

Um comentário:

Marcelo Petter de Vargas disse...

Olá, causídica literária.

Retruco: os teus escritos são igualmente interessantes.

Gosto da veia.

E sob vias intravenosas, buscarei o tranquilo que habita em tuas palavras.

Obrigado pela visita.