29 dezembro 2008

Em 2009...

"Love, love, love Love, love, love Love, love, love There's nothing you can do that can't be done Nothing you can sing that can't be sung Nothing you can say, but you can learn how the play the game It's easy There's nothing you can make that can't be made No one you can save that can't be saved Nothing you can do, but you can learn how to be you in time It's easy All you need is love All you need is love All you need is love, love Love is all you need Love, love, love Love, love, love Love, love, love All you need is love All you need is love All you need is love, love Love is all you need There's nothing you can know that isn't known Nothing you can see that isn't shown Nowhere you can be that isn't where you're meant to be It's easy All you need is love All you need is love All you need is love, love Love is all you need All you need is love All you need is love All you need is love, love Love is all you need Love is all you need Love is all you need Love is all you need Love is all you need Love is all you need..." (All You Need Is Love- The Beatles)

26 dezembro 2008

Sapato gasto.
Sonho desbotado.
Hora da faxina.
Pernas cansadas.
Mas ele ainda está ali. Teimoso.
Renova-o.
Abraça-o.
Use sapatos novos.
Inicie uma nova escalada.
Sonhos novinhos.
Ele acaba de te fecundar.
Curte a gestação do sonho novo.
Mima-o.
Com ardor e entusiasmo a limpeza está feita.
E o parto está acontecendo.
E a vida se fazendo novamente.

23 dezembro 2008

Beijo roubado. Destino mudado. Beijo demorado. Brilho encantado. Destino melhorado. Beijo conquistado.

21 dezembro 2008

Melhor amigo!

Ainda bem que existe melhor amigo para nos fazer rir quando estamos chateados com a vida!
Melissinha (#) Saudades! diz: quero emprestado Melissinha (#) Saudades! diz: o livro do unicornio Melissinha (#) Saudades! diz: elefante
Melissinha (#) Saudades! diz: sei lá como é betoscliar92 diz: voltei =)
Melissinha (#) Saudades! diz: sempre esqueço o bicho betoscliar92 diz: que elefante o que betoscliar92 diz: o livro é da hiena betoscliar92 diz: aquela que come merda e sai dando gargalhada!!!!!!!!! Melissinha (#) Saudades! diz: não branquelo, hahahaha! betoscliar92 diz: é o ... CENTAURO NO JARDIM betoscliar92 diz: ëlefante no jardim "HAHAHAHAHA betoscliar92 diz: hiena no jardim Melissinha (#) Saudades! Diz:
CENTAUROOOOOOO isso betoscliar92 diz: Moacyr Scliar Hiena no Jardim betoscliar92 diz: hahahahaha betoscliar92 diz: FRACASSO GLOBAL Melissinha (#) Saudades! diz: ele nos mata se ler isso Melissinha (#) Saudades! diz: hahaha betoscliar92 diz: Moacyr Scliar '' A Hiena que não sabia sorrir. betoscliar92 diz: ähhahaha vo até sugerir
**
betoscliar92 diz: eu lembro de absolutamente tudo hehehehe betoscliar92 diz: eu levo em consideração as coisas que tu fala e nunca mais esqueço ;) betoscliar92 diz: até porque quem se importa, lembra. betoscliar92 diz: quem não se importa, nem presta atenção ;)
Por isso eu amo ele!

18 dezembro 2008

Dar tchau...

Existe coisa pior que despedida? Sei que sim! Conheço as mazelas do mundo que me cerca. Entretanto, hoje, no meu mundo, a despedida está sendo a pior coisa. Dar tchau para alguém é sempre difícil, ainda mais se esse alguém, é aquela pessoa especial.
A pessoa que tu joga conversa fora de madrugada e que faz teu dia melhor com um simples sorriso. Brega né? Mas sentimentos são assim! Intensos, profundos e bregas. Por vezes tristes em momentos como esse.
O pior que dar tchau é saber que esse tchau já era esperado e que não vai ser tão cedo um olá. Mas essa é a vida! Bem clichê... As pessoas passam, umas ficam outras não...
Dentro disso, temos que saber viver.
“E só de te ver eu penso em trocar a minha TV num jeito de te levar...
A qualquer lugar que você queira ir onde o vento for, que pra nós dois...
Sair de casa já é se aventurar.
Vai, me diz o que é o sossego,
Que eu te mostro alguém a fim de te acompanhar...
E se o tempo for te levarEu sigo essa hora e pego carona pra te acompanhar...”

15 dezembro 2008

Depois de ler o blógue do Thomas...

Ao sair para o mundo é sempre melhor darmos as mãos e ficarmos juntos de olhos abertos para perceber que as coisas boas estão dentro de nós, onde os sentimentos não precisam de motivos nem os desejos de razão. "O importante é aproveitar o momento e aprender sua duração, pois a vida está nos olhos de quem souber ver..."

06 dezembro 2008

http://www.youtube.com/watch?v=9tWIIyqF6R8
"...Caminho em frente pra sentir saudade..."

03 dezembro 2008

Não gosto de Natal

Não gosto de Natal. Isso é um fato! Nunca gostei. Não acredito no nascimento de Cristo nesse dia. Isso é outro fato! Não gosto de peru nem rabanada. Luzinhas coloridas piscando me doem os olhos. Não gosto de fazer compras também e nem em andar por ai nessa época. O desespero beirando a loucura. Pessoas ensandecidas comprando e comprando. Natal é uma data materialista. E ainda faz minha vó chorar. Uma data que se usa como desculpa para se ser paciente e bondoso com as pessoas.
Quando na verdade, deveríamos ter esse espírito sempre. Bebe-se champanhe (única coisa boa do Natal) com a desculpa de comemorar. Quando deveríamos comemorar todos os dias. Só pelo fato de vivermos. Deveríamos comemorar todos os nascimentos e chorar todas as mortes.
Necessitamos presentear as pessoas que amamos com sorrisos e afeto, não só por que é Natal. E ao nos reunirmos que seja por que gostamos disso e não porque é Natal e isso é regra.
Fato fundamental!

30 novembro 2008

Respira. Corre. Perde o fôlego. Para. Deixa-se levar pelas ruas da emoção. Inspira vontade. Volta a correr. Pra chegar ao teu lugar...

25 novembro 2008

" [...]hay temblor de gotán este tango es para vos "... - Sai desse carro, dança comigo essa noite!

23 novembro 2008

Quando foi que eu me perdi? Onde foi que eu te deixei? “Por muito tempo achei que a ausência é falta. E lastimava, ignorante, a falta. Hoje não a lastimo. Não há falta na ausência. A ausência é um estar em mim. E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços, que rio e danço e invento exclamações alegres, porque a ausência, essa ausência assimilada, ninguém a rouba mais de mim.” [Carlos Drummond de Andrades]

17 novembro 2008

Por não saber dos entendimentos da alma, eu me calo!

15 novembro 2008

Tempo!

Eu só desejo poder controlar o meu tempo, aquele que passou, o que passa e o que ainda está por vir.Tenho uma grande necessidade de entender tudo que acontece, porque isto ou aquilo deu errado, ou até porque deu certo, mesmo sabendo que entender isso é ilusão. Desejo apenas sentar a beira de um lago e dar comida para os peixes... Sentir o vento no rosto e saber que cumpri o meu dever e com isso a sensação de tranqüilidade interna, uma sensação qualquer, que me libertasse e me fizesse ter tempo para tudo que gostaria de fazer. Eu queria observar a lua e o seu reflexo na água, e ter a oportunidade de me enxergar, ao menos uma vez na vida ser quem eu realmente sou, do que jeito que sou, independentemente da vontade alheia, queria ser eu. Quero ser melhor, ter tempo para andar no parque, ter tempo para fazer trabalho voluntario, ter tempo de visitar amigos, quero não acreditar em certas verdades que o tempo insiste em me mostrar que são mentiras. Só quero ter a chance de poder fazer o melhor que eu faço e ter tempo para fazer todo o resto que gostaria de fazer e, além disso, ter tempo para me ver. Na verdade bastaria sentar a beira daquele lago... Mas me falta tempo!

03 novembro 2008

Listinha à lá Mari

Depois de refletir sobre a listinha da Mari, resolvi fazer a minha. Não é tão fácil quanto parece classificar as coisas deste modo. Fácil é criticar. Difícil é enaltecer. Fácil é dizer que é ruim porque não se gosta. Difícil é dizer que mesmo sendo ruim é bom. Provavelmente depois me lembrarei de mais coisas. Mas por enquanto, depois de dias pensando, está ai:

1) Coisas boas que eu gosto

Sexo
Livros
Música
Arte
Dormir
Dormir com barulhinho da chuva
Ver o pôr do sol
Língua Francesa.
Viajar

2) Coisas boas que não gosto
 Morango com chantili
Acordar cedo
Compras
Cozinhar
Flores
Natal
Serra

 3) Coisas ruins que eu não gosto

Dor
Limpar a casa
Shopping Center
Ir ao dentista
Apertar o aparelho
Pagode
Música Eletrônica.
Frutas cristalizadas
Pegar ônibus cheio
Despedidas
Violência

4) Coisas ruins que eu gosto (Essa complicada)

Mudança
Cerveja
Fritura
Berinjela
Vinho barato

01 novembro 2008

Sem linhagem nem asas, qual seria meu lugar nesse enigma? Todos os planos foram colocados em prática. E agora seria o fim? O que faz parte de mim? Quem faz ou fez? Questões vãs! Entre berros e gemidos aquele sorriso compelido e meu ar ausente.
Bem distante. No fim.

30 outubro 2008

Eu mergulho. Exponho-me. Procuro. Envolvo-me. Assombro-me. Fujo. Choro. Emudeço. Vivo.

28 outubro 2008

Desafio

Fui desafiada! O livro mais próximo estava ao lado do computador, mas os livros estão espalhados por todo canto, sempre tem um próximo. Eis a parte em questão do livro: "Duas guerras, duas fugas. Uma vez jovem, outra na meia idade. Não são muitos os homens que têm a sorte de me tapear duas vezes... [A menina que roubava livros - Markus Zusak] Agora... 1) Pegue o livro mais próximo, mais próximo mesmo (não é o melhor, o preferido e o blábláblá); 2) Abra na página 161; 3) Procure a 5ª frase completa; 4) Poste a frase no seu blog; 5) Repasse o desafio para 2 ou 3 blogs. E os meus desafiados são: Mari Thomas Marcelo

27 outubro 2008

continua

E tudo continua uma grande piada. E tudo continua a fazer mal. E tudo continua... Continuamos a sentir saudades. Continuamos a nos agredir. Continuamos a sentir dor. Continuamos a rir. Continuamos a chorar. Continuamos a amar. Continuamos a viver de ilusões. Continuamos... Tudo continua... ...igual "Pra que mentir Fingir que perdoou Tentar ficar amigos sem rancor A emoção acabou que coincidência é o amor A nossa música nunca mais tocou Pra que usar de tanta educação Pra destilar terceiras intenções Desperdiçando o meu mel devagarinho, flor em flor Entre os meus inimigos, beija-flor Eu protegi teu nome por amor
Em um codinome, Beija-flor Não responda nunca, meu amor (nunca) Pra qualquer um na rua, Beija-flor Que só eu que podia Dentro da tua orelha fria Dizer segredos de liquidificador Você sonhava acordada Um jeito de não sentir dor Prendia o choro e aguava o bom do amor..." [codinome beija-flor-cazuza]

26 outubro 2008

Ouse!

Ouse sonhar! Só os sonhadores vêem o amanhã.... E acreditam num mundo mais justo e igualitário com uma educação includente para todos. Ouse desejar... Os que desejam são os que vivem. Porque desejar abre caminhos para a esperança e ela é o que nos mantém vivos. Ouse buscar as coisas que ninguém mais pode ver. Busque o que te faz feliz. Não tenha medo de ver o que os outros não podem. E nem de buscar o que não é importante para os outros. Acredite no teu coração e em tua própria bondade, pois, ao fazê-lo, outros acreditarão nisso também. Acredite na magia... A vida é cheia dela. Até mesmo para os céticos de plantão como eu. Mas, acima de tudo, acredite em si mesmo... Porque dentro de nós é que reside tudo, a magia, a esperança, o amor e os sonhos. E só nos mesmo temos a capacidade de nos fazermos realmente feliz. Antes de buscar qualquer coisa em outras pessoas, encontre primeiro em ti. “Ouse, ouse... ouse tudo!!! Não tenha necessidade de nada! Não tente adequar sua vida a modelos, nem queira você mesmo ser um modelo para ninguém. Acredite: a vida lhe dará poucos presentes. Se você quer uma vida, aprenda... a roubá-la! Ouse, ouse tudo! Seja na vida o que você é, aconteça o que acontecer. Não defenda nenhum princípio, mas algo de bem mais maravilhoso: algo que está em nós e que queima como o fogo da vida...” [Lou Salomé]

25 outubro 2008

"...Fecha a luz, apaga a porta, vem me carinhar..." [Kleiton e Kledir]

22 outubro 2008

10 coisas que me irritam sendo uma historiadora

Primeiro quando dizem que História não serve pra nada!
(Não serve mesmo? E a história da nossa vida? Dos nossos pais? Da nossa cidade? Heimmmmmmm?) Segundo quando dizem que todo Historiador morre de fome! (Por favor né!) Terceiro que História não requer estudo, pois é pura “decoreba”. (Essa é péssima). Quarto quando dizem que temos a obrigação de saber TODAS as datas e mínimos detalhes de TODOS os acontecimentos históricos! (Posso rir né?) Quinto quando dizem que historiadores vestem-se, como um Hippie e fumam maconha! (Eu até me vestia assim no inicio da faculdade, mas não era porque fazia história).
Sexto quando chamam "Jornalistas" de Historiadores só porque escreveram um livro contando uma História qualquer... Sétimo quando dizem que fazer História era a segunda opção. (Depois de medicina, direito, psicologia e por ai vai.) E ainda me perguntam qual era a minha primeira opção. Oitavo quando dizem que escavar sítios arqueológicos é varrer poeira. (Todo mundo faz isso né?).
Nono quando dizem que por ser professora de história, eu não tenho senso de humor. (Imagina se não tivesse mesmo). Décimo quando dizem que professor de história quer sempre palestrar e filosofar. (Depois de oito horas dando aula de história, o que mais o professor quer é sentar num bar e tomar uma cerveja silenciosamente). Que coisa mais irritante! Affff! "O homem não vive somente de pão; a História não tinha mesmo pão; ela não se alimentava se não de esqueletos agitados, por uma dança macabra de autômatos. Era necessário descobrir na História uma outra parte. Essa outra coisa, essa outra parte, eram as mentalidades". [Jacques Le Goff]

19 outubro 2008

RG

Eu vou dormir ouvindo John Mayer e o despertador toca Strokes. Eu acho as pessoas estranhas. E as adoro exatamente por isso. Eu escrevo no verso de tudo. Eu coleciono canetas coloridas, canecas de café e allstar. Eu adoro a cor roxa/lilás. Eu não acredito, até que me provem o contrário. Eu me acalmo vendo o pôr do sol. Eu adoro cachecóis e casacos de inverno. Eu gostaria de ler todos os livros do mundo. Eu leio do manifesto comunista a romances da Nora Roberts. Eu sou compulsiva. Eu sonho morar em Paris. Ah, Paris! Eu desejo um cartão de crédito sem limite e sem fatura. Amigos e cerveja barata me deixam de bom humor. A responsabilidade é só minha. Meu analista falou.

15 outubro 2008

Parabéns professores!

"A história me foi contada por uma professora de Novo Hamburgo. Ela estava caminhando perto da rodoviária daquela cidade quando de repente deu de cara com dois assaltantes mascarados e armados. Conformada, já ia entregar a bolsa, quando um dos caras disse ao outro: “Essa não dá para assaltar, meu: ela é professora.” E foram embora. No Dia do Professor este episódio me parece muito significativo. Professores são uma das (raras) unanimidades em nosso país: todos os admiram, todos confiam neles. O que é, ao fim e ao cabo, uma homenagem a este 15 de outubro, Dia do Professor." [Moacyr Scliar]

13 outubro 2008

Apresento em mim todo o amor por ti me dado. Arquivado ali no melhor espaço. No mais perfeito pedaço. Tenho em mim todo o sorriso guardado. Dado. Risada. Abrangendo em mim teu eu. Teus olhares. Beijos. Sabores. Muita coisa há em mim. E há ainda tudo sobre nós.

05 outubro 2008

Tu és diferente de quem? Tu és igual a quem?

É difícil ser diferente! Essa declaração incomoda muita gente... Mas porque isso perturba? Por ser diferente ou por não ser igual a ti? Cria-se todo um processo conceitual do que é certo ou errado nesta vida. Nos fazendo pensar de verdade e isso é bom, ou pelo menos deveria ser. A objeção em aceitar o outro como ele realmente é demonstra o quanto somos egocêntricos e vivemos em nosso mundinho 'lost'. Quanta ignorância! Pra quê tudo isso? Não me eximo da prática, até porque sou ser humano também e isso é algo inerente ao Homem. Mas me considero diferente também...Mas eu me pergunto, porque as pessoas têm tanto medo do diferente? Por que criticá-los? Bom, não é bem uma 'crítica' e sim uma intenção vã em tentar compreendê-los e aceitar essa alteridade deles com relação ao mundo. Mas porque rotular esse de igual e esse de diferente? Baseado em que afirmamos que esse é diferente? Eu sou diferente? Tu és diferente? O ser humano não é igual, logo é diferente. Então? O que te torna diferente? O que te torna igual? No que se baseia? Não entendo!

04 outubro 2008

Sábadodechuva.besteiranacerta

Se eu fosse escrever um livro hoje seria sobre O DDA na sala de aula (Bem nerd né?) A dedicatória seria assim: A minha mãe e meu pai. É por eles que sou quem sou. ( Bem clichê, eu sei!) Ao meu irmão. Quem me fez aprender a dividir o chocolate. As minhas avós lindas. E as melhores histórias. A Cris. A irmã que eu não tive. Ao Beto, meu branquelinho... Ao Anderson, ao Nelsinho, ao Rodrigo, ao Thiago... Por terem me ensinado a amar e a odiar. Ao Beiró. Porque é meu melhor amigo e só ele me entende. A Aline, a Rox, a Quel, a Renata e a Mari. Minhas meninas. Qualquer momento fica melhor com elas. Por todos os momentos e todos as histórias loucas também. Ao Gabriel, o melhor amigo distante! Ao Domicio, meu grande professor! A Fares! Pelo jeito todo cuidadoso comigo. (Ele é meu dentista) A Thomas! Com seu senso de humor adorável. (Agridoce, sarcástico) Ao cinema. Meu vício atual. Ao Jack. Por ele nunca me deixar na mão. A Guilherme. E seus ouvidos de ouro. Ninguém me escuta como ele. A Alexandre. Devo minha faculdade a ele. Ao Bertolucci. E seus sonhadores. Ao Che... (Hasta la vitória, siempre) Aos Beatles. Por eles serem a melhor banda de todas. Ao Fabrizio Moretti e suas batidas. E ao Rodrigo Amarante com sua sensibilidade... Ao Monet e suas cores. Ao pôr do sol de Porto Alegre. A redenção e seus dias de sol. Aos ausentes e aos presente. Aos esquecidos e aos lembrados. Vocês são do caralho.

02 outubro 2008

Nem sempre a clareza está ao alcance dos olhos. Nem sempre o nítido é a realidade. A vida se move a todo momento. A realidade é dinâmica.

28 setembro 2008

Nada que uma barra de chocolate não cure...

24 setembro 2008

Porque as pessoas complicam tanto as coisas simples da vida? Não é bem mais fácil, descomplicar e ser feliz? “A vida acaba um pouco todo dia Eu sei e você finge não saber...” [Dolores Duran]

21 setembro 2008

"Não, você não precisa ter a barriga do mocinho da novela, afinal eu adoro meus peitos naturais que se mexem de leve quando eu corro e desaparecem um pouco quando eu emagreço demais. Acho até que posso ficar com sua barriga pra sempre, mas já faz tempo que não acompanho nem uma semana seguida de qualquer novela.
Eu não quero que você me busque num super potente carro, eu só quero que quando você me beije, eu não deseje mais nenhuma força do universo.
Estou pouco me lixando se o restaurante tem várias cifras no guia da Veja, mas gostaria muito que a gente esquecesse das mesas ao lado e risse a noite toda, eu até brindaria com água sem bolhinhas.
Sério que tem uma pousada mega-master com ofurô em cima da montanha e charretes cor-de-rosa que trazem o café da manhã? Dane-se, se você conseguir passar, nem que seja algumas horas, encantado pela gente, essa será a maior riqueza que eu posso ganhar.
Sim, a tecnologia é mesmo fantástica, só que hoje eu queria sumir com você para um lugar onde não pegue o celular, não pegue a internet, não pegue a televisão, mas que a gente, em compensação, se pegue muito.
Sim, sim, música eletrônica é demais, celebrar a vida com os amigos é genial, pular bem alto é sensacional. Mas será que a gente não pode colocar um Cartola bem baixinho na vitrola e dançar sozinhos no escuro, só hoje?
Será que a gente não pode parar de adjetivar o mundo e se sentir um pouco? Eu procuro você desde o dia em que nasci, não, eu não dependo de você nem para andar e nem para ser feliz, mas como seria bom andar e ser feliz ao seu lado.
Só que estamos com um problema: vai ser um pouco difícil a gente se conhecer porque tenho evitado sair de casa.
Eu não odeio mais as garotas em série e seus namorados em série, eu não odeio mais a sensação de que o mundo está perdido e as pessoas lutam todos os dias para se parecerem ainda mais com o perdido ao lado, se perdendo ainda mais.
Eu não odeio mais quem cuida do corpo mas esquece da alma, quem cuida do cabelo mas esquece da mente, quem cuida da superfície mas faz eco por dentro, quem coloca um peito de silicone mas esquece de dar mais uma chance ao amor.
Eu não odeio mais a galera feliz em pertencer a um mesmo barco que não vai a lugar nenhum.
Eu só acho isso tudo muito triste e prefiro não ver.
Eu prefiro não fazer parte da feira que compete pra ver quem tem a casca mais bonita.
Voando eu sei que você não vem, até porque eu jamais namoraria um super-homem: tenho horror a pessoas falsamente infalíveis.
Não quero um homem que sempre vence, que sempre impressiona, que sempre salva e sorri impecável em dentes brancos e músculos ressaltados por um colan com as cores da bandeira americana.
Você pode ter medo de monstrinhos imaginários e dormir com a porta trancada, pode ficar meio tristinho quando, numa festa cheia de amigos, lembrar que é sozinho no mundo, pode perguntar assustado no meio da noite “aonde você vai” mesmo sabendo que é só um xixi, pode até fazer piada com o seu medo de estar vivo, e pode, inclusive, ficar sério e quieto, de repente, por causa disso também.
Não existe Orkut, não existe Messenger, não existe celular, não existe um supercelular que é máquina fotográfica, Orkut e Messenger ao mesmo tempo.
Não existe o décimo quarto andar do meu prédio com 8 seguranças lá embaixo.
Não existe a balada perfeita com 456 garotas iguais e programadas para te dar um amor levemente inexistente.
Não existe esperar que a vida fique mais compacta, mais veloz, mais completa e mais fácil, assim como o computador.
Existe essa coisa simples, antiga e quase esquecida pela possibilidade infinita de se distrair com as mentiras modernas do mundo.
Existe o amor, mas onde ele foi parar depois de tudo isso?
Eu não tenho um portão para te esperar, como minha avó um dia esperou pelo meu avô e eles ficaram juntos por 70 anos.
Talvez eu também seja engolida por esse mundo que cria tantas facilidades para a gente não sofrer.
Tenho medo de que tudo seja uma mentira e de verdade sinto que é, mas ainda acordo feliz todos os dias esperando que ao menos você seja verdade."

16 setembro 2008

Amor Canibal...

Quero sempre um pedaço do teu ser... Pra que eu ainda seja eu longe de ti.

14 setembro 2008

Ser e não parecer ser

Espantoso como tudo, absolutamente tudo, pode ser banalizado, vulgarizado, simplificado, profanado. Não, não sou uma purista elitista. Sou só uma pessoa que fica “de cara” com certos usos que fazem das coisas. É essa tal de moda. Abomino isso. Faz qualquer coisa boa se transformar em algo idiota. A bola da vez é o coitado do Nietzsche. (Nisso entra Karl Marx e Dostoiévski). O lido da vez deve estar se revirando no caixão. Não sei direito como foi que começou, acho que talvez com aqueles livros que viraram best-sellers na velocidade da luz. Não vou falar mal desses livros, inclusive os li, mas daí a sair lendo e no dia seguinte transformar o “personagem principal” como herói já é demais não? Mas não posso deixar de colocar um pouco da culpa da banalização do Nietzsche nesses livros. Assim, como Che Guevara é moda e vive estampado em camisetas e quem as usa não sabe nem a metade do líder revolucionário, mesmo assim, carrega no peito a sua face... É incrível como uma leitura densa, difícil, por vezes até enfadonha seja classificada por aí como "legal" e "divertida". Ou eu não aprendi a ler e minha mente é muito rasa ou está havendo alguma confusão. Se eu quero me divertir eu vou ler qualquer coisa, menos Nietzsche! Enfim, parece que dizer que você lê ou leu o tio do bigode te faz alcançar um patamar superior, você passa a fazer parte dos "escolhidos que lêem Nietzsche". Ah, me poupem desse fingimento todo. Duvido que um terço dessas pessoas que se intitulam "leitoras de Nietzsche" realmente o tenham lido, e dessas, duvido que um terço tenha entendido alguma coisa. É isso que é ridículo, essa necessidade de parecer algo que não é! Acho que as pessoas têm de ser sinceras, se não com os outros, pelo menos consigo mesmas. É o mínimo. E, aliás, isso é que o Nietzsche dizia ser o essencial. Não transcender as formas banais de se pensar. Ele era louco, era doente, neurótico. Não é exemplo, não é um herói. Era um gênio, e merece respeito. Sei lá! No mínimo as pessoas deveriam ler os livros dele de verdade. Não só dizer que leram. Bah que mundo...

11 setembro 2008

La liberté

Liberdade! Vide dicionário: Condição de ser livre; direito de decidir; agir segundo sua própria vontade; procedimento livre contra as convenções... Palavra linda, significado que explana todo meu ser. Sem essa ilustre liberdade seria que nem os poetas, sem seus formosos versos de des(amor). Nunca fui muito ligada a convenções sociais. Faço o que sinto vontade ou que me faça bem . Soa meio individualista isso! De fato até é. Mas, e daí? Isso não me torna uma pessoa má, ou me torna? E quanto mais tentam me colocar na forma da menina-boazinha-que-diz-sim-a-tudo, mais livre eu me torno. Me solto das amarras e vou de encontro à brisa da minha vontade. Minha personalidade libertada de tudo que prende e sufoca. Livre dos tabus! Livre da trivialidade! Livre do materialismo (Não o de Marx). Livre de achar que dinheiro é tudo no mundo! Livre de acreditar que o príncipe encantado virá me beijar quando estiver de olhos fechados para a realidade. Livre de tudo que já me fez mal e, sobretudo livre do que me causa mal (isso é fato importante). E cada dia que passa, mais livre vou me tornando. E quanto mais livre me torno, mas Mel eu sou. [La liberté guidant le peuple, de Eugène Delacroix.Quadro que simboliza a revolução e a liberdade]

08 setembro 2008

"Por que não tentar tudo? Se você só se lembrará disso uma vez..."

07 setembro 2008

Ouço um tango eletrônico. Argentinamente emocionante. Combina com o azul cinzento do céu e com a fria paisagem lá fora. Daqui a pouco sou noite. Daqui a pouco desligo Buenos Aires da minha tela e volto a viver riograndinamente nas ruas da minha cidade. Mas sempre tenho tango a tocar dentro de mim. Emotivamente http://www.youtube.com/watch?v=vmeH2PRx0Fg&feature=related http://www.youtube.com/watch?v=okPPPq9htEI&feature=related

31 agosto 2008

Nós perdemos também este crepúsculo. Ninguém nos viu à tarde com as mãos unidas enquanto a noite azul caía sobre o mundo... Então, onde estarias? Junto, a que gente? Dizendo que palavras? Por que me há de vir todo este amor de um golpe quando me sinto triste e te sinto distante?

24 agosto 2008

Minha alma é feita de partículas brilhantes que pulsam loucas e vorazes. Eu cuido dela pra que ela cuide sempre de brilhar por mim. l'amour est la réunion de toutes réponses

19 agosto 2008

Sobre mudanças ainda...

Ando bem reflexiva, dizem que é culpa do planeta saturno que está nos deixando nessa fase, segundo um amigo. Bendito seja Saturno então... Às vezes é bom refletir sobre nossa personalidade. Fiquei pensando, porque eu mudei... Mas eu mudei porque é fato verdadeiro na minha vida: eu mudo tudo. Eu olho, enjôo e mudo. Mudo porque sou impulsiva, porque preciso ficar mudando, porque não gosto de parar. Não gosto de permanecer na mesma coisa. E isso entra tudo... Música, paixão, cabelo, interesses e até namorado. Como todos os outros atos, eis um que reflete bem minha personalidade. Mudar! Será que é isso que me torna uma pessoa sem apego as coisas e as pessoas? Ou será uma característica puramente DDA?Enfim, não era sobre isso que eu planejava escrever. Mesmo tendo pensando muito sobre isso, quer dizer ando gastando boas horas do meu dia pensando em coisas em mudanças e no futuro... (Olha o tal do saturno ai de novo). Pensando nas coisas incertas também, no fato do minuto seguinte ser incerto. Não é nada filosófico não, só andei me perdendo no medo incrível que eu sinto de me mover para coisas incertas... Sei que é clichê, mas eu queria as coisas certas. Contraditório não? Como eu mudo muito, as minhas mudanças se tornam incertas também, nunca se pode ter certezas das coisas novas... Só queria ter a certeza, mesmo sabendo que isso é impossível, que as minhas mudanças constantes são ser boas... A verdade é que hoje tudo deu errado e talvez por isso minha insegurança sobre as coisas incertas. Mas enfim, tudo passa e escrever aqui é melhor que ir no psicólogo.. É quase uma terapia!
Erro meu: Lembrei do Gui quando escrevi esse texto e acabei trocando o nome do Planeta... Não é Saturno e sim Plutão...
Culpa do Plutão, essa pequena falha!

15 agosto 2008

Notei essa manhã, enquanto arrumava os livros que estou diferente...
Diferente do que era? Não sei, simplesmente me deparei comigo mesma-outra enquanto remexia nos livros já lidos...
A mulher que guarda o livro na estante é a mesma que ensina a mudança do mundo... A mudança do pensamento, da sociedade, da cultura... Se tudo muda, porque eu não posso mudar? Ando por aí me achando outra enquanto os outros me vêem igual.
Mesmo sorriso. Mesmas lágrimas. Mesmo amor incondicional por qualquer coisa que sorria. Ando igual aos olhos dos outros, mas me olhando vejo que ando diferente... No fundo todo mundo muda, por isso todo mundo é sempre igual...

14 agosto 2008

"Só o que me exalta ainda é a única palavra, liberdade. Eu a considero apropriada para manter, indefinidamente, o velho fanatismo humano. Atende, sem dúvida, à minha única aspiração legítima. Entre tantos infortúnios por nós herdados, deve-se admitir que a maior liberdade de espírito nos foi concedida. Devemos cuidar de não fazer mau uso dela. Reduzir a imaginação à servidão, fosse mesmo o caso de ganhar o que vulgarmente se chama a felicidade, é rejeitar o que haja, no fundo de si, de suprema justiça. Só a imaginação me dá contas do que pode ser, e é bastante para suspender por um instante a interdição terrível; é bastante também para que eu me entregue a ela, sem receio de me enganar (como se fosse possível enganar-se mais ainda). Onde começa ela a ficar nociva, e onde se detém a confiança do espírito? Para o espírito, a possibilidade de errar não é, antes, a contingência do bem?" André Breton - Manifesto Surrealista (trecho)

10 agosto 2008

"So don't go away
Say what you say
But say that you'll stay
Forever and a day... In the time of my life
'Cause I need more time, yes i need more time
Just to make things right..."

09 agosto 2008

Eu tenho ânsia de viver. Intensa, pornográfica, angelical e doce. Sempre busco olhar além. Os olhos gozam e fazem amor com o mundo, por isso tenho procurado sentir e viver com todos os olhos do corpo. Eu danço com palavras e música. Eu passeio pela história. Canto e danço os mais variados cantos. Acredito em causas justas, sou uma otimista ingênua, concordo com Cazuza que o tempo não para e que tudo faz parte do meu show, sei que Freud estava certo, lá no fundo, quando escreveu, que todos nós buscamos reconhecimento e satisfação amorosa. Acredito que a dor é inevitável e o sofrimento é opcional, como escreveu Drummond. É por isso que algumas feridas são tão profundas que nos acompanham para sempre. Portanto não podemos desperdiçar uma vida inteira só porque ela foi um pouco maltratada. Não acredito em acaso. Tenho pavor de tudo que demora a acontecer. Existem duas de mim, a louca e a santa, uma é anjo bom à outra cortesã. Minha alma é antiga, mas meu corpo é jovem. Sou noturna, doce e verão. Sou contra escolhas do tipo "ou isso ou aquilo", assumo que posso ser "isso e aquilo", cansei de ser singular. A vida eu brindo com cerveja, música e literatura. Eu sou grata pelo amor, pelos amigos, pelas surpresas... É isso. Eu sou plural.

02 agosto 2008

Sei das besteiras que faço e das besteiras que falo.
De onde vêm os hematomas, dos medos, das saudades, das metas e dos fracassos. Da onde vem a alegria, as simples demonstrações de afeto.
Sei o que penso na insônia e quando vou ao cinema e quando leio um livro. Quando digo uma glória. E penso nos vestidos, nos sapatos e nas bolsas.
Sei das noites bebidas de copos 1 e 2... Conheço cada pedaço da rua. Conheço um pouco de tudo.
Eu sei das histórias que conto e das minhas histórias.
Conto plausivelmente sobre mim. E quando me dou conta, já contei algumas verdades.

30 julho 2008

Terminei de ler um livro chamado Crepúsculo da Stephenie Meyer, uma historinha boa, conta a paixão de um vampiro por uma humana, uma coisa bem à lá Shakespeare sabe como é, Romeu e Julieta... É incrível como eu desejei que o final mudasse... Todas aquelas cenas finais me atormenta da primeiro a última palavra, e talvez alguns minutos mais ainda. É irreal a história dos vampirinhos, uma coisa meio RPG, mesmo assim, é um final forte. O sentimento existente é forte. Me comoveu de uma maneira que eu não posso explicar, mas tenho certeza que quem leu, sabe do que eu estou falando, até porque o livro remete muito o final do filme Romeu e Julieta e o sentimentos que existe lá é igual. E comeve igual! Se apaixonar daquele jeito com reciprocidade é a perfeição... Pura e simples perfeição!
"Nunca pensei muito em como morreria-embora nos últimos meses tivesse motivos suficientes para isso-,mas, mesmo que tivesse pensado, não teria imaginado que seria assim. (...) Sem dúvida era uma boa forma de morrer, no lugar de outra pessoa de algúem que eu amava. Nobre até. Isso deveria contar para alguma coisa."

28 julho 2008

"Nada de grande se realizou no mundo sem paixão. É precisamente as paixões que, na história, agem como forças naturais não ulteriormente separáveis, como elemento ativo do processo, como propulsores da máquina da história. Acontece que em tudo o que é humano, sensação, saber e conhecimento, impulso e vontade, há em pensar... Pensar lógico é necessário... A história do mundo não é o teatro da felicidade; os períodos de felicidade são páginas em branco, porque são períodos de harmonia... A razão governa o mundo (...) e a história universal." [Hegel]

27 julho 2008

Gosto dos dias chuvosos que se fingem de noite pra ganharem luzes acesas...

25 julho 2008

Sobre Intervalos

Intervalos ocorrem sempre ao decorrer de toda a nossa vida. Podem ser diversos e diferentes... Mas sempre os temos. Não há como afirmar que o próprio sujeito os crie. Alguns já estão nas suas vidas, quando pequenos a espera pelos intervalos é incansável... Os ponteiros se posicionavam. As sinetas tocavam. Os gritos invadiam os corredores. Lá estavam os intervalos. Diários, esperados, imaculados. Os grandes salvadores dos dias. Podiam-se fazer muitas coisas nos intervalos... Outras eram proibidas, mas fazia-se mesmo assim. Na verdade não passava de um mini furacão. Uns caíam pelo chão socando-se, outros no futebol, as meninas nas cordas elásticas, a troca de figurinhas, os olhares de amor infinito, os beijos escondidos (dessa parte me excluo, sempre fui um tanto quando devagar nestes assuntos nessa época não beijava na boca). Estes eram os intervalos da nossa infância. Mas ainda existiam outros intervalos... Aqueles entre um natal e outro (onde era bom se comportar, senão o papai Noel não seria caridoso). Os intervalos entre o preparo e as provas das delícias da vovó, ainda intervalos semanais à espera de encontrá-la nos sábados e domingos, no seu avental colorido... Avó fofa, boa de abraçar e jogar-se no seu colo, seu cheiro de flor e talco, seus cabelos de branquinhos ou pintadinhos cobertos com lenços macios. (Sobre as avós poderia escrever muitos anos a fio, já que ainda moro com a minha). Ainda os intervalos entre uma jogada e outra, nas canastras onde o avô deixava-se derrotar. Avô de poucos cabelos e óculos grandes, de lindas palavras, de carinhos, de casacos com bolsos cheios de bala e diversos botões. (também sobre os avôs pode-se fazer grandes textos, ah quanta saudades). Durante a vida toda intervalos onde algo se esperava alguns poderiam ser intermináveis, outros eram intervalos mesmo onde a espera era constante, sempre por algo melhor do que estava acontecendo. O engraçado é que a vida, mesmo passageira traz momentos semelhantes em todas as suas partes. Passa o tempo, permanecem os intervalos entre uma aula e outra na faculdade, onde o bar torna-se uma pequena sala de estar, onde os amigos conversam, intervalos no saguão onde beijos também ocorrem (desta parte não posso ser excluída), onde as aulas podem ser "matadas". Intervalos entre dias, entre provas, entre meses, entre semestres. (aprendi com uma criatura extraordinária que a vida é sim, feita de intervalos). A conclusão é que se eles existem é porque devem servir para algo e servem! Os intervalos servem para perceber o valor do que se espera. Ainda servem para saber o que se espera. E a vida é cheia de intervalos. Incessantes, um após o outro, bons, ruins, são apenas intervalos. Quem dera ainda ter intervalos chamados recreios estes passaram (Nem tanto, sendo professora, se convive muito com esses intervalos), se bem que os de hoje são mais apagados de hoje são mais apagados, os relógios não servem como início ou fim, nem os fins de semana. Intervalos que hoje existem são menos alegres. Mais densos. Intervalos adultos. (vontade de ainda ter recreio, intervalo de faculdade, intervalos irresponsáveis.) Saudades

16 maio 2008

Convencida de muitas coisas...



Sou uma mulher convencida...Convencida de que a vida vale a pena.
De que 2 + 2 só resulta em 4 no raciocínio masculino.
De que ser mulher não é tarefa fácil, mas tem lá suas vantagens.Convencida de que pensar é necessário e, ao mesmo tempo, desconcertante.
De que as pessoas são muito importantes.
De que rir é terapêutico, mas rir de tudo é desespero.
De que almejar chegar à perfeição é exaustivo, angustiante e utópico, e de que o choro e o gozo são formas de externar algo que grita internamente. Convencida também de que eu tenho medo de perder os meus sonhos dentro de mim.
E também, de que as pessoas gostam ou não da gente por motivo inexplicável.
Além disso, estou realmente convencida de que em tempos de produção em série, repetição e despersonalização, surpreender é a chave, a base, de qualquer tipo de relação que preze por qualidade e que ser original é simplesmente ser você mesmo.Convencida que não existe certo ou errado, mas mil e um olhares diferentes sobre a mesma questão. Convencida que sou uma professora que sabe transmitir o conhecimento, mas não sabe se serve de algo as milhões de palavras jogadas sobre valores, sobre ser uma boa pessoa, sobre esse blábláblá que os alunos não suportam ouvir! E uma historiadora sempre acompanhando está grande arte em passeata.
Convencida que eu preciso me expressar, escrever e exercitar o meu afeto freqüentemente.Que eu, decididamente, tento racionalizar o emocional e quase nunca funciona.
Que eu preciso de argumento.
Que a ambigüidade é sedutora, instigante e perigosa.Convencida infelizmente, de que a Cinderela vai embora, mas um dia volta pra fechar o conto com um final feliz.
Convencida que os meninos são transcendentais e que eu amo música, literatura e arte.
E de que às vezes não há nada melhor do que não fazer absolutamente nada.Convencida ainda de que beleza é interessante, mas dura pouco, e que afinidade, ao contrário, é deveras importante e pode durar bem mais.
Convencida de que beijo bom é viciante, e que eu a-do-ro matar a sede na saliva e que quero a sorte do tal amor tranqüilo, se é que há a possibilidade dele vir neste formato.
E de que tem horas que é mais instigante e sedutor, vestir fantasias do que simplesmente tirar a roupa.
Convencida também, que dieta e castigo não funcionam, porque sempre acabam em reincidência.
Enfim, tenho mais muitas coisas pra me convencer ainda... E mais muito tempo pra mudar de idéia.
Alguém se habilita a uma provocação?

11 maio 2008


Sobre Simone de Beauvoir podemos dizer que, que amava Sartre tão intensamente, que não se importava em dividi-lo com outras mulheres, o chamado amor libertário! Sendo que ela também, por sua vez, mantinha casos fora da sua relação com Sartre, não somente com homens, mas com mulheres também...
Chocante isso! Ou não? Mas o amor que ela tinha por ele, a ponto de aceitar a sua postura libertária... Uma mulher altamente moderna pro seu tempo, autora do livro o segundo sexo...
O amor... Ahhh, o amor!!!
*Trecho de uma das cartas de Simone de Beauvoir que fala sobre o amor:
“Dois seres que se amam profundamente não precisam de outras justificações para amar a vida.
Bastam-se, não precisam de nada nem de ninguém.
O amor autêntico, que pode ser preservado apesar da passagem dos anos, dá à vida todo o sentido, toda a sua razão de ser.
Não é a única forma de dar razão à existência (o compromisso social, o sentimento de fazer progredir o mundo em que vivemos, a amizade, etc., também podem construir este sentido), mas não pode ser a mais bela razão de viver que existe.
O que me entristece é que o casal permaneça unido pelo hábito, pela pressão social...
Logo esses dois seres se sentem ligados não tanto por se amarem, o que era libertação e plenitude transforma-se em angústia e prisão.
Sartre e eu nunca vivemos juntos e sempre consideramos ser livres de correntes que nos prendessem um ao outro.
Se permanecemos unidos toda a vida, foi porque nos amamos profundamente e porque, livremente, sempre tivemos vontade de estar um com o outro.
E isso é a coisa mais bela que pode acontecer a um ser humano.
O amor dá força e coragem para enfrentar o mundo e a vida, a dois e não a um só. É muito!"
E ela afirmava mais...
Afirmava que o amor libertário é bem mais verdadeiro e bem mais amor, do que aquele amor possessivo...
Seráááááááááá?
Questionamento bem interessante!

10 maio 2008


Hoje tava lendo sobre Frida Kahlo, ela chega a ser mais interessante que Simone de Beauvoir, claro, sem querer comparar mas já comparando, na questão do pensamentos romanticos das duas, Simone amava Sartre que por sua vez a amava mas, amava muito mais a liberdade e todas as opções que esta poderia lhe dar... Sinceramente, custei a entender esse amor libertario do qual Sartre quanto gostava... Mas claro, ele se importava muito mais com a essencia do que com a existencia por si só. E o amor consciente de Simone é uma utopia em forma de mulher com seus padrões de amor consciente. Dá para entender? Que mulher se submeteria?Já Frida amava Diego, ele era um amante exigente ao extremo e muito possessivo, mas fez Frida sofrer com as suas constantes traições. Mas admiro Frida por entender Diego e quanto mais pareço entendê-lo, mais admiro Frida também nesse sentido, por saber ter sido tão nobre. Mas tão nobre por si mesma, não por padrões e "buniteza" de mulher, mas por beleza de essência, isso poucos têm, mas sei que de rebate vem, o que é também verdadeiramenbte bonito socialmente, sua preciosidade torna-se tão rica na alma quanto na reputação, se saber ser verdadeiramente o que ela era, uma mulher, uma pessoa, uma humana tão nobre quanto Diego não soube ser, mas a essência não se aprende, se tem, e a dele era outra. Esse post tá parecendo extremismo feminino, mas é só uma comparação com dois tipos de amor e de espera... Enquanto uma aceita e fazia igual a outra sofria e sempre soube que dela ele nunca foi...