27 julho 2009

Mais um final...

Porque tu mexes comigo? Deixa-me explicar... Deve ser porque a nossa dança foi mágica e o nosso baile particular seguiu mesmo sem música. Pode ser também porque me cuidaste levando-me para teu refúgio no meio da multidão... Deve ser porque tu sumiste... Quando voltaste vieste cheio de sangue, suor e lágrimas para que eu pudesse te curar. Mexes comigo porque me esquece por tempos... Depois em algum momento lembra-se de ligar-me e dizer-oi Mel, saudades. Mexes comigo porque a flor de papel, típica dos boêmios continua ali, na minha caixinha de recordação. Está ali desde o dia que me deste ela, entregando-me junto teu coração. Mexes com meus instintos quando me torno a tua francesa no teu clipe sem nexo. E quanto tu te entregas a mim da mesma forma. Perturbas minha alma porque só juntos conseguimos nos arrebatar de prazer absoluto, naquela posição interessante. Mexes comigo porque está longe... E longe é fácil demais fazer promessas. E quebrá-las. Mexes comigo porque no meu espaço tem espaço para teus descasos e teus acasos. Para teus dramas e tuas neuroses. Para tua raiva e teus descontentamentos. Desassossega minha alma porque não tem memória, me fazendo insignificante. E às vezes sendo bem bipolar me amando cada vez mais. Traz-me inquietude porque é indomável e todos os outros que passaram por meu corpo e meu coração foram domesticados. Mexes comigo quando me tira o sono até que eu consiga colocar no papel tudo que me incomoda vindo de ti. Mexes comigo instigando meus pensamentos, quando sei que muitas esperam por ti. Mexes comigo porque diz amor, como quem diz olá, tudo bem, bom dia, vai chover hoje... Tu não sais dos meus pensamentos porque não quer estar em lugar algum, não quer pertencer a lugar algum, não quer fazer parte de vida alguma... Talvez o que faça com que eu me perturbe à tua presença, meramente ilusória, é teu dom de marcar (com caneta colorida) todas as vidas que te cercam. O que me prende a ti é saber que jamais, em tempo algum, tu hás de se prender a ninguém. Sempre vai ser meu, meu menino. Nômade, estrangeiro, em trânsito para o resto do mundo. O que desconcerta meus sentidos é aprender que tu vens me ver em momentos especiais para ti e depois segue, desmanchando e arrebatando outros mundos. Eu não te amo. Não, não te amo mais. Eu acho. Tu és uma coisa que impregna meus sentidos, que deixa o sabor agridoce do mel e do sal. Pra te esquecer? Matando nossa libido, a sensação, a pele... Quem sabe se eu começo por queimar a rosa? Não. Tu mexes demais comigo. E a resposta para isso creio que jamais vou perceber...

24 julho 2009

Final

E a menina bonequinha sentia saudades do seu menino rockeirinho. Não mais seu, ela sabia. Beijos só eram acenados ao longe. E aquela balançadinha de sempre...
Passava quase imperceptível agora. Outrora era quase um terremoto dentro de si. O menino ainda era responsável por todos os seus versos.
Ela sabia bem disso. Cada letra das suas poesias era inspirada nele. A desinteligência da saudade fazia aumentar as rimas. A clave por vez achada se encontrava perdida novamente. O riso e a música não se faziam mais presente na vida da menina. O garoto dos cabelos bagunçados continuava a tocar.
Suas melodias se tornaram melancólicas. Ele sentia falta do afago, do afeto...
Das mãos da menina percorrendo seus cabelos. As poesias ditas no ouvido entre um beijo e outro não eram mais ouvidas. Tudo findou. Promessas feitas no amanhecer não foram cumpridas. E agora nada resta, além de versos e desafetos. Não há mais meu amor, não há mais nós. Só há tu e eu. E um aceno de adeus. Há sempre versos, mesmo que acabe!

15 julho 2009

Sem inspiração...
Por isso me calo!

06 julho 2009

Yeah Yeah Yeah

O que importa é que ganhamos e agradamos o público!
Saber perder é tão importante quanto ganhar, fica a dica!