No dia que o gélido inverno chegou a cidade

Fui ao teu encontro. Fazia frio e ventava Mas quando eu te vi Meu coração se aqueceu e se iluminou. Tu estavas a me esperar com um sorriso Capaz de derreter barras de chocolate Parecia que já nos falamos assim antes Que do mesmo jeito nos olhamos Não me lembro onde... Nem quando... As roupas que estavas usando são as mesmas que usavas. Teu cheiro é o mesmo que eu sentia antes. O sorriso que sorrias, então sorria também antes. E teu olhar era o mesmo com que eu sonhava.

One day we're gonna live in Paris...

Mais... Melhor... Meu...

Mais belo que as obras de Monet Mais profundo que a filosofia de Sartre Mais inspirador que o mais lindo pôr-do-sol Meu bem querer de todo dia Melhor conversa durante a madrugada Meu pequeno raio de sol em dias chuvosos Jogo-me ao teu encontro Fico no mais puro deleite Imaginando nosso desejo Tu Eu Nós Nosso prazer Melhor não há É tudo meu e de ninguém mais.

Subjetividade

Pula minha janela no meio da noite. Deseja-me... Urgentemente. Desmancha minhas dores. Devassa meus sonhos. Partilha comigo o café. Ama-me... Irreversivelmente. Vai embora pela porta no meio da manhã. Deixa-me flutuando. Desejos e emoções. Essas que não cabem num poema...

coração underground

cerveja (no copo) Luzes (piscando) All Star (empoeirado) Rock (tocando) Tu (me olhando) Eu (te desejando)

The Ting Tings

Meu vício atual...

Sabe o homem ideal?

Depois de muito vinho e muita conversa com a best, cheguei a conclusão que o meu homem ideal, meu príncipe encantado digamos assim, não é aquele que me convida para jantar numa sexta-feira, a luz de velas, nem o que me liga todo dia para dizer que está com saudades, nem aquele que quer fazer amor, nem o que me presenteia com rosas, muito menos aquele que quer conversar e ficar abraçadinho depois do sexo e me servir o café da manhã na cama. Não é aquele que vai me levar para dar voltas no seu carro lindo e lustrado, nem o que vai me levar para assistir um balé numa quarta-feira. Meu príncipe encantado, não anda todo arrumadinho, me chama para tomar uma cerveja no melhor buteco da cidade depois de ter tomado com os amigos, não me liga, retorna meus sms às vezes, mas sabe de cor todos os que mandei, ele é aquele que do nada me manda uma mensagem só pra me dizer que me quer ao lado dele. Meu ideal de homem me deixa pensando nele, me faz sentir saudades, quer fazer sexo pelo desejo, lê minhas poesias e ainda me ajuda a escrever, me presenteia com um single da sua banda e escuta comigo todas as minhas músicas preferidas. É aquele que me pede pizza depois do sexo e me deixa virar para o lado e dormir me levando no dia seguinte uma xícara de café preto na cama e me deixando em silencio nos próximos trinta preciosos minutos. Me chama para caminhar pelas ruas da cidade sob as estrelas e me leva para ver o pôr do sol num dia qualquer. É o que fica conversando comigo e rindo enquanto eu alimento os peixes da redenção. O que me acolhe quando estou triste e precisando de um colo. Meu homem ideal é aquele que ele mesmo, não o que tenta parecer ser. O que gosta de mim sem tentar me mudar. O que não se importa por eu detestar datas comemorativas e esquecer aniversários. O que vai gostar tanto da minha melhor amiga, que vai fazer dela sua confidente e melhor amiga também. O que vai me apoiar quando chegar em casa reclamando. O que vai me amar para sempre e mais 3 dias. Será difícil achá-lo? Não! Nem um pouco!

Arte

Vou desenhar-te Traçar tuas linhas num papel Rabiscar-te Pintar-te Pendurar-te Na parede da minha sala Só pra ficar admirando-te!

Debussy 'Clair de Lune'

Leveza...

Pelas noites...

Sou uma boemia. Ando pelas ruas errantes. Encontro-te pelo caminho. Vagueando acompanhado do luar. No teu pensamento, teus sonhos. No meu, os versos que quero te falar. Um blues a tocar distante. O sentimento indômito em nós. Pernoitamos com as estrelas. Juntos, a sonhar e a recitar. No deleite dos nossos corpos. Entrego-me cada vez mais. O blues termina. O gozo acaba. A noite finda. E amanhã, mais uma dose deletéria.

Sexta-tarde-feira

Esse teu olhar... Quanta sedução Deixa-me sem chão Deixa-me sem ar. “Sí así son las cosas cuanto más pequeñas más tiernas más suaves más maravillosas. Sí como tu mirada, que cruza la mía y me lo dice todo sin decirme nada...”