30 julho 2008

Terminei de ler um livro chamado Crepúsculo da Stephenie Meyer, uma historinha boa, conta a paixão de um vampiro por uma humana, uma coisa bem à lá Shakespeare sabe como é, Romeu e Julieta... É incrível como eu desejei que o final mudasse... Todas aquelas cenas finais me atormenta da primeiro a última palavra, e talvez alguns minutos mais ainda. É irreal a história dos vampirinhos, uma coisa meio RPG, mesmo assim, é um final forte. O sentimento existente é forte. Me comoveu de uma maneira que eu não posso explicar, mas tenho certeza que quem leu, sabe do que eu estou falando, até porque o livro remete muito o final do filme Romeu e Julieta e o sentimentos que existe lá é igual. E comeve igual! Se apaixonar daquele jeito com reciprocidade é a perfeição... Pura e simples perfeição!
"Nunca pensei muito em como morreria-embora nos últimos meses tivesse motivos suficientes para isso-,mas, mesmo que tivesse pensado, não teria imaginado que seria assim. (...) Sem dúvida era uma boa forma de morrer, no lugar de outra pessoa de algúem que eu amava. Nobre até. Isso deveria contar para alguma coisa."

28 julho 2008

"Nada de grande se realizou no mundo sem paixão. É precisamente as paixões que, na história, agem como forças naturais não ulteriormente separáveis, como elemento ativo do processo, como propulsores da máquina da história. Acontece que em tudo o que é humano, sensação, saber e conhecimento, impulso e vontade, há em pensar... Pensar lógico é necessário... A história do mundo não é o teatro da felicidade; os períodos de felicidade são páginas em branco, porque são períodos de harmonia... A razão governa o mundo (...) e a história universal." [Hegel]

27 julho 2008

Gosto dos dias chuvosos que se fingem de noite pra ganharem luzes acesas...

25 julho 2008

Sobre Intervalos

Intervalos ocorrem sempre ao decorrer de toda a nossa vida. Podem ser diversos e diferentes... Mas sempre os temos. Não há como afirmar que o próprio sujeito os crie. Alguns já estão nas suas vidas, quando pequenos a espera pelos intervalos é incansável... Os ponteiros se posicionavam. As sinetas tocavam. Os gritos invadiam os corredores. Lá estavam os intervalos. Diários, esperados, imaculados. Os grandes salvadores dos dias. Podiam-se fazer muitas coisas nos intervalos... Outras eram proibidas, mas fazia-se mesmo assim. Na verdade não passava de um mini furacão. Uns caíam pelo chão socando-se, outros no futebol, as meninas nas cordas elásticas, a troca de figurinhas, os olhares de amor infinito, os beijos escondidos (dessa parte me excluo, sempre fui um tanto quando devagar nestes assuntos nessa época não beijava na boca). Estes eram os intervalos da nossa infância. Mas ainda existiam outros intervalos... Aqueles entre um natal e outro (onde era bom se comportar, senão o papai Noel não seria caridoso). Os intervalos entre o preparo e as provas das delícias da vovó, ainda intervalos semanais à espera de encontrá-la nos sábados e domingos, no seu avental colorido... Avó fofa, boa de abraçar e jogar-se no seu colo, seu cheiro de flor e talco, seus cabelos de branquinhos ou pintadinhos cobertos com lenços macios. (Sobre as avós poderia escrever muitos anos a fio, já que ainda moro com a minha). Ainda os intervalos entre uma jogada e outra, nas canastras onde o avô deixava-se derrotar. Avô de poucos cabelos e óculos grandes, de lindas palavras, de carinhos, de casacos com bolsos cheios de bala e diversos botões. (também sobre os avôs pode-se fazer grandes textos, ah quanta saudades). Durante a vida toda intervalos onde algo se esperava alguns poderiam ser intermináveis, outros eram intervalos mesmo onde a espera era constante, sempre por algo melhor do que estava acontecendo. O engraçado é que a vida, mesmo passageira traz momentos semelhantes em todas as suas partes. Passa o tempo, permanecem os intervalos entre uma aula e outra na faculdade, onde o bar torna-se uma pequena sala de estar, onde os amigos conversam, intervalos no saguão onde beijos também ocorrem (desta parte não posso ser excluída), onde as aulas podem ser "matadas". Intervalos entre dias, entre provas, entre meses, entre semestres. (aprendi com uma criatura extraordinária que a vida é sim, feita de intervalos). A conclusão é que se eles existem é porque devem servir para algo e servem! Os intervalos servem para perceber o valor do que se espera. Ainda servem para saber o que se espera. E a vida é cheia de intervalos. Incessantes, um após o outro, bons, ruins, são apenas intervalos. Quem dera ainda ter intervalos chamados recreios estes passaram (Nem tanto, sendo professora, se convive muito com esses intervalos), se bem que os de hoje são mais apagados de hoje são mais apagados, os relógios não servem como início ou fim, nem os fins de semana. Intervalos que hoje existem são menos alegres. Mais densos. Intervalos adultos. (vontade de ainda ter recreio, intervalo de faculdade, intervalos irresponsáveis.) Saudades