Sou uma boemia.
Ando pelas ruas errantes.
Encontro-te pelo caminho.
Vagueando, acompanhado do luar.
No teu pensamento, teus sonhos.
No meu, os versos que quero te falar.
Um blues a tocar distante.
O sentimento indômito em nós.
Pernoitamos com as estrelas.
Juntos, a sonhar e a recitar.
No deleite dos nossos corpos.
Entrego-me cada vez mais.
O blues termina.
O gozo acaba.
A noite finda.
E amanhã, mais uma dose deletéria para eu me encontrar junto a ti.