E a menina bonequinha sentia saudades do seu menino rockeirinho.
Não mais seu, ela sabia. Beijos só eram acenados ao longe.
E aquela balançadinha de sempre...
Passava quase imperceptível agora.
Outrora era quase um terremoto dentro de si.
O menino ainda era responsável por todos os seus versos.
Ela sabia bem disso. Cada letra das suas poesias era inspirada nele.
A desinteligência da saudade fazia aumentar as rimas.
A clave por vez achada se encontrava perdida novamente.
O riso e a música não se faziam mais presente na vida da menina.
O garoto dos cabelos bagunçados continuava a tocar.
Suas melodias se tornaram melancólicas.
Ele sentia falta do afago, do afeto...
Das mãos da menina percorrendo seus cabelos.
As poesias ditas no ouvido entre um beijo e outro não eram mais ouvidas.
Tudo findou. Promessas feitas no amanhecer não foram cumpridas.
E agora nada resta, além de versos e desafetos.
Não há mais meu amor, não há mais nós.
Só há tu e eu. E um aceno de adeus.
Há sempre versos, mesmo que acabe!
5 comentários:
Chorei...
deve-se olhar para seu poema como um exemplo de que nem sempre o amor é lindo como outros poemas, até mesmo seus próprios, mostram.
não transformemos, no entanto, a exceção em regra; até porque não estamos lidando com algo estável. um beijo!
Você não imagina como me identifiquei com seu texto. Vivo, com meu menino rockeirinho, todos os momentos que descreves e temo pelo fim que tu apontas. Foi quase como ler a um Oráculo. Saio daqui esperando que não se torne verdade!
Lindo!
Sim, há sempre os versos... que tristes, parecem ser mais bonitos...
GOstei do teu blog.
Chorei também.
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